segunda-feira, 3 de junho de 2013

Metrô livre do gargalo

19/06/2007 - O Dia, Rodrigo Nery

Concessionária construirá elo entre São Cristóvão e Botafogo sem baldeação. Intervalo a partir da Central cairá pela metade
     
O empurra-empurra no metrô está perto do fim. A concessionária que administra o sistema vai construir trecho por onde trens da Linha 2 entrariam pela Linha 1, eliminando a baldeação no Estácio e reduzindo o tempo de viagem. O presidente da Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, anunciou ontem, em encontro na Firjan, obras já no início de 2008, com previsão de término para o fim de 2009. A criação da Linha 1A custaria R$ 800 milhões e duplicaria 3 km de trilhos já existentes que ligam os ramais ao Centro de Manutenção. O atalho sai da Estação São Cristóvão e desemboca na Central, mas os trens seguirão até Botafogo. O intervalo entre essas duas estações cairá pela metade. Haverá parada na Cidade Nova.

Segundo o diretor de Relações Institucionais do metrô, Joubert Flores, o objetivo é desafogar o Estácio e a Central e acelerar a viagem para o Centro e Zona Sul, destino da maioria. “A Linha 2 recebe 140 mil pessoas por dia, e quase todas fazem transbordo. Mas 240 mil passageiros por dia deixaram de usar o metrô entre Estácio e Saens Peña, devido ao movimento”, afirmou.

O trecho entre São Cristóvão e Estácio funcionaria só em caso de manutenção na 1A. “Passageiros da Linha 2 rumo ao Estácio teriam de saltar na Central e voltar”, admitiu Joubert.

O metrô também pretende comprar 108 carros, que se somariam aos atuais 182. A empresa negocia com o governo contrapartida pela compra dos ativos (que pertencem ao estado, uma vez que a concessionária apenas administra o serviço). Uma das sugestões é prorrogar a concessão. “Com isto, poderíamos dobrar o número diário de passageiros dos atuais 500 mil para 1,1 milhão”, estima Joubert.

Trens: cobertura para passarelas

A SuperVia investirá R$ 200 milhões até 2009 para melhorar as estações. Os acessos a todas as paradas terão cobertura e rampas para deficientes. Hoje, apenas 11 das 89 estações têm essas facilidades. A empresa também vai alterar a sinalização dos ramais, para que os trens possam circular em ‘mão dupla’, reduzindo o tempo de viagem. Para tal, negocia com o governo a compra de 120 trens refrigerados.

Com isso, em três anos, o número de passageiros transportados diariamente saltaria dos atuais 450 mil para 1,5 milhão. A Secretaria Estadual de Transportes informou que ainda está estudando a proposta.

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