sábado, 8 de junho de 2013

Solo arenoso é o principal desafio a ser vencido na escavação do Metrô do Rio

07/06/2013 - Mecânica e Construção

A metodologia que envolve a escavação da Linha 4 Sul do Metrô do Estado do Rio de Janeiro foi o tema exposto pelo engenheiro Alexandre Mahfuz, do Consórcio Linha 4 Sul, no Seminário "Concessionária Rio Barra: métodos construtivos de túneis: Tunnel Boring Machine (TBM) e New Austrian Tunnelling Method (NATM)" do Construction Congresso. Segundo ele, o TBM, o 'Tatuzão', com 2 mil toneladas e 120m de comprimento por 11,5m de diâmetro, vai construir os túneis subterrâneos do metrô entre a estações General Osório (Ipanema) e a Gávea sem passar por baixo de prédios e sem a necessidade de abrir buracos na superfície das ruas, minimizando o impacto das obras para população. 

Mahfuz explicou também que este é o método mais adequado à região porque o solo é um misto de areia, água e rocha, além de os túneis cruzarem áreas densamente povoadas. Por essas características, optou-se por utilizar um Mixshield, construído especialmente para o solo da Zona Sul do Rio de Janeiro com capacidade para escavar de 15 a 18 metros por dia. O palestrante detalhou que o revestimento de túneis com anéis de concreto pré moldado e o sistema carrossel foi o adotado para o Rio de Janeiro. Segundo Mahfuz, a máquina que irá operar no túnel é um equipamento conversível com dois tipos de operação em solo e em rocha, sendo que sua montagem já está totalmente planejada. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Metrô irá direto de São Cristóvão à Central

19/06/2007 - O Globo

A concessionária que opera o metrô do Rio detalhou ontem um projeto que deverá pôr fim à superlotação dos trens da Linha 2, além de diminuir o intervalo entre as composições nas linhas 1 e 2. Orçada em US$ 400 milhões (cerca de R$ 760 milhões), a ligação da estação de São Cristóvão diretamente à Central eliminará a conexão no Estácio e será custeada pela própria concessionária, sem investimento do estado.

Tão logo saia a aprovação do governo, que sugeriu o projeto, terão início as obras, com conclusão prevista para dezembro de 2009.

Número de passageiros em dias úteis deve dobrar A nova linha, de superfície, terá uma nova estação em frente à prefeitura, com uma passarela sobre a Avenida Presidente Vargas, e evitará que os passageiros da Linha 2 tenham que ir até a Estação Estácio para alcançar a Linha 1.

O investimento prevê a compra de 108 novos carros, num plano que promete fazer cair pela metade o tempo de espera nas estações mais movimentadas.

No trecho mais usado, entre Central e Botafogo, o intervalo diminuirá de quatro minutos e meio para dois minutos.

Na Linha 2, o intervalo será de quatro minutos.

Com o investimento, o maior já realizado pela concessionária metrô Rio desde a privatização da rede, há dez anos, esperasse que o volume de passageiros passe de 550 mil nos dias úteis para 1,1 milhão.

— O tipo de concessão que hoje temos não prevê que façamos investimentos. A metrô Rio nunca fez obra similar. Vai ser uma mudança na maneira como operamos — diz Joubert Flores, diretor de Relações Institucionais da concessionária.

Ainda segundo Flores, com a mudança, só será possível chegar à Estação Estácio pela Linha 1. Mas a estrutura da conexão entre as duas linhas existente ali será mantida e poderá vir a ser usada em dias de menor movimento.

Atualmente os trens já chegam lotados ao Estácio, o que dificulta o embarque de passageiros. Com o novo trecho, batizado de Linha 1-A, o deslocamento entre a Pavuna e a Linha 1 será encurtado em cinco minutos.

O diretor da metrô Rio destaca que o antigo projeto de ligação do Estácio ao Largo da Carioca, como maneira de usar a subaproveitada estação do Centro na conexão, não deve ser descartado. A solução que a concessionária está anunciando, alerta, é provisória: — O trecho Carioca-Estácio precisará ser feito daqui a alguns anos, com o aumento da demanda de passageiros. Agora o estado não tem dinheiro para isso. Eles nos propuseram a ligação São CristóvãoCentral e nós aceitamos. Mas não é a solução definitiva. A concessionária informou que não haverá aumento de tarifa por conta da obra e que os recursos já estão disponíveis.

Os detalhes do projeto foram apresentados durante o seminário “Rio de Janeiro, um estado de logística: o futuro nos trilhos”, realizado ontem na sede da Firjan. Além dos planos da concessionária metrô Rio, foram mostradas as futuras integrações entre trens e ônibus na Baixada Fluminense, num total de 20 novas linhas; o projeto de cobertura dos acessos às estações da Supervia; e mais detalhes do trem-bala que ligará o Rio a São Paulo.

Operação de bondes deverá ser privatizada O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, anunciou a criação de um novo terminal rodoviário no Km 0 da Via Dutra, com conexão de ônibus até o metrô. Ele falou ainda sobre a reativação da linha de trem Santa CruzItaguaí e detalhou a concessão à SuperVia do ramal de Guapimirim, hoje em condições precárias.

Lopes prometeu privatizar a operação dos bondes de Santa Teresa e disse que a venda de terrenos ociosos desde a privatização dos sistemas de trens e metrô renderá ao estado R$ 400 milhões.

Canteiro de obras é instalado na Praça General Osório

14/06/2007 - O Globo

RIO - A Secretaria Estadual de Transportes instalou nesta quinta-feira o canteiro de obras na Praça General Osório que vai servir à construção do acesso do Metrô em Ipanema. Foram levados para a área um contêiner para armazenamento de ferramentas, um reservatório de água e um trailer onde, temporariamente, vai funcionar a Central de Atendimento à Comunidade.

Diferentemente da primeira tentativa de construção do metrô em Ipanema, em 1987, a praça não será totalmente interditada. Dessa vez, o canteiro vai ocupar uma área de 286 m². Com isso, apenas 10 barracas da Feira Hippie que ocorre todo domingo no local serão deslocadas para outro ponto da praça enquanto durarem os trabalhos.

Secretário de transportes garante que obra será entregue em 2009

O secretário de transportes, Julio Lopes, afirmou que os recursos para o projeto estão garantidos e que o governo vai entregar o metrô funcionando dentro do prazo previsto.

- Nós vamos entregar o metrô à população no máximo em dezembro de 2009. Essa é, sem dúvida, uma das obras mais importantes do governo Sérgio Cabral. E não só quem mora aqui vai poder se beneficiar com o transporte. Nós calculamos que por dia mais de 50 mil pessoas utilizem a Estação Ipanema, comentou o secretário.

Para o trânsito não ser prejudicado na região, a RioTrilhos firmou uma parceria com a CET RIO. Dez operadores de trânsito vão trabalhar na organização do tráfego nas imediações da praça e os caminhões utilizados na obra não vão precisar fazer grandes manobras. Para a carga e descarga, foram reservadas dez vagas do estacionamento da praça.

Os técnicos da RioTrilhos informaram ainda que, até o fim do mês, o trecho da Rua Jangadeiros entre a Visconde de Pirajá e a Barão da Torre será fechado. Durante as obras, apenas os moradores terão acesso à rua. Se houver necessidade de interditar alguma garagem, a RioTrilhos já se comprometeu com os moradores de providenciar um estacionamento alternativo.

O secretário de Transportes lembrou ainda que, quando o Metrô Ipanema estiver pronto, o comércio será beneficiado com o aumento da circulação de pessoas e o bairro ainda será beneficiado com uma reforma paisagística na praça. Está prevista a troca do gradil e do chafariz da General Osório, além do reparo no calçamento de pedras portuguesas.

- A praça vai ficar uma beleza. A vinda do metrô vai valorizar ainda mais o bairro e os imóveis da redondeza, disse Julio Lopes.

Na outra frente de obra, pela Estação Cantagalo, em Copacabana, as escavações seguem em ritmo acelerado. Desde que as obras começaram, no dia 11 de abril, o túnel por onde vai passar o metrô já avançou 180 metros por baixo do morro Pavão-Pavãozinho.

Metrô livre do gargalo

19/06/2007 - O Dia, Rodrigo Nery

Concessionária construirá elo entre São Cristóvão e Botafogo sem baldeação. Intervalo a partir da Central cairá pela metade
     
O empurra-empurra no metrô está perto do fim. A concessionária que administra o sistema vai construir trecho por onde trens da Linha 2 entrariam pela Linha 1, eliminando a baldeação no Estácio e reduzindo o tempo de viagem. O presidente da Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, anunciou ontem, em encontro na Firjan, obras já no início de 2008, com previsão de término para o fim de 2009. A criação da Linha 1A custaria R$ 800 milhões e duplicaria 3 km de trilhos já existentes que ligam os ramais ao Centro de Manutenção. O atalho sai da Estação São Cristóvão e desemboca na Central, mas os trens seguirão até Botafogo. O intervalo entre essas duas estações cairá pela metade. Haverá parada na Cidade Nova.

Segundo o diretor de Relações Institucionais do metrô, Joubert Flores, o objetivo é desafogar o Estácio e a Central e acelerar a viagem para o Centro e Zona Sul, destino da maioria. “A Linha 2 recebe 140 mil pessoas por dia, e quase todas fazem transbordo. Mas 240 mil passageiros por dia deixaram de usar o metrô entre Estácio e Saens Peña, devido ao movimento”, afirmou.

O trecho entre São Cristóvão e Estácio funcionaria só em caso de manutenção na 1A. “Passageiros da Linha 2 rumo ao Estácio teriam de saltar na Central e voltar”, admitiu Joubert.

O metrô também pretende comprar 108 carros, que se somariam aos atuais 182. A empresa negocia com o governo contrapartida pela compra dos ativos (que pertencem ao estado, uma vez que a concessionária apenas administra o serviço). Uma das sugestões é prorrogar a concessão. “Com isto, poderíamos dobrar o número diário de passageiros dos atuais 500 mil para 1,1 milhão”, estima Joubert.

Trens: cobertura para passarelas

A SuperVia investirá R$ 200 milhões até 2009 para melhorar as estações. Os acessos a todas as paradas terão cobertura e rampas para deficientes. Hoje, apenas 11 das 89 estações têm essas facilidades. A empresa também vai alterar a sinalização dos ramais, para que os trens possam circular em ‘mão dupla’, reduzindo o tempo de viagem. Para tal, negocia com o governo a compra de 120 trens refrigerados.

Com isso, em três anos, o número de passageiros transportados diariamente saltaria dos atuais 450 mil para 1,5 milhão. A Secretaria Estadual de Transportes informou que ainda está estudando a proposta.

Secretário e comerciantes debatem impacto das obras do Metrô de Ipanema

20/06/2007 - Governo RJ

O secretário de Transportes, Julio Lopes, reúne-se na noite desta quarta-feira (20/6) com os empresários do Pólo Gastronômico da Rua Jangadeiros para esclarecer as principais dúvidas sobre a obra do Metrô Ipanema. O assunto será discutido, às 20h, no restaurante Fazendola, na Rua Jangadeiros, 14-B, com a participação de representantes da rede hoteleira e comerciantes da região.

Hoje, o Pólo Gastronômico de Ipanema é composto por seis restaurantes, localizados na Rua Jangadeiros, que ocupam parte da Praça General Osório com mesas e cadeiras à noite. Os empresários temem que as obras do metrô atrapalhem o movimento de clientes.

Durante o encontro, o secretário apresentará as alternativas estudadas pelos técnicos da Secretaria e da RioTrilhos, estatal responsável pela obra, para minimizar os transtornos no local. Na última quinta-feira, a Secretaria instalou o canteiro de obras na Praça General Osório, que vai servir à construção do acesso do Metrô no bairro. No local, durante as obras, funcionará a Central de Atendimento à Comunidade.

Julio Lopes fez questão de destacar que o canteiro de obras foi calculado de forma a trazer o menor impacto possível para a vida do bairro. O secretário explicou que, diferentemente da primeira tentativa de construção do metrô em Ipanema, em 1987, a praça não será totalmente interditada. Dessa vez, o canteiro só vai ocupar uma pequena área de 286 m2. Com isso, apenas 10 barracas serão deslocadas para outro ponto da praça enquanto durarem os trabalhos.

- Nós vamos entregar o metrô à população no máximo em dezembro de 2009. Essa é, sem dúvida, uma das obras mais importantes do governo Sérgio Cabral, que não beneficiar só quem mora aqui. Nós calculamos que por dia mais de 50 mil pessoas utilizem a Estação Ipanema – comentou o secretário.

Para o trânsito não ser prejudicado na região, a RioTrilhos firmou uma parceria com a CET-Rio. Dez operadores de trânsito vão trabalhar na organização do tráfego nas imediações da praça e os caminhões utilizados na obra não vão precisar fazer grandes manobras. Para a carga e descarga, foram reservadas dez vagas do estacionamento da praça.

Os técnicos da RioTrilhos informaram ainda que, até o fim do mês, o trecho da Rua Jangadeiros entre a Visconde de Pirajá e a Barão da Torre será fechado. Durante as obras, apenas os moradores terão acesso à rua. Se houver necessidade de interditar alguma garagem, a RioTrilhos já se comprometeu com os moradores de providenciar um estacionamento alternativo.

O secretário de Transportes lembrou ainda que, quando o Metrô Ipanema estiver pronto, o comércio será beneficiado com o aumento da circulação de pessoas e o bairro ainda será beneficiado com uma reforma paisagística na praça. Está prevista a troca do gradil e do chafariz da General Osório, além do reparo no calçamento de pedras portuguesas.

- A praça vai ficar uma beleza. A vinda do metrô vai valorizar ainda mais o bairro e os imóveis da redondeza - disse Julio Lopes.

Linha 4: todas as peças do ‘Tatuzão’ já estão no Rio de Janeiro

29/05/2013 - Linha 4

As 116 peças que vão compor o Tunnel Boring Machine (TBM), o Tatuzão – que vai perfurar o túnel da Linha 4 do metrô – já estão no canteiro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Foram necessárias três viagens de navio e 23 contêineres para trazer todo o material, produzido na cidade de Schwanau, na Alemanha. Para não atrapalhar o trânsito na Zona Sul do Rio, as peças serão transportadas em carretas, aos poucos e durante a madrugada, no final de junho, até a uma caverna localizada ao lado da Estação General Osório, onde o equipamento será montado.

- O TBM terá sua montagem numa plataforma de concreto chamada berço, na General Osório, onde usaremos dois pórticos (guindaste em forma de pórtico), com capacidade, cada um, de 120 toneladas. Embora a peça mais pesada do Tatuzão seja o rolamento, com suas 153 toneladas, quando as cinco peças que compõe a cabeça de corte estiverem montadas, será um componente de 210 toneladas – explica o engenheiro Alexandre Mahfuz, responsável por toda a operação.

Com 120 metros e 2 mil toneladas, o Tatuzão trabalhará a 25 metros de profundidade, com capacidade para escavar 15 a 18 metros por dia e sem necessidade de abrir buracos na superfície das ruas A previsão é que o equipamento – quatro vezes mais veloz que o método utilizado anteriormente – entre em funcionamento até outubro.