sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Defeito em sinalização deixa Linha 1 do metrô com intervalos irregulares

Segundo passageiro, trem levou 15 minutos entre as estações de Botafogo e do Flamengo

30/01/2015 - O Globo
 
RIO - Problemas na sinalização da Estação Carioca do metrô deixou os intervalos irregulares na Linha 1 na manhã desta sexta-feira. O impacto, segundo a concessionária que administra o transporte, foi maior nas estações próximas. Mas, de acordo com o aposentado Eloy Santos, de 77 anos, um trem com destino ao Centro levou 15 minutos apenas entre as estações de Botafogo e do Flamengo.

— Em seguida, ficou parado entre Flamengo e Largo do Machado. As estações estão lotadas. O pior é que as informações que davam para o passageiros não faziam sentido — contou.

Na Estação Presidente Vargas, no Centro, três pessoas passaram mal e precisaram de atendimento médico. De acordo com a concessionária, um dos passageiros teve uma crise epilética e outros dois tiveram queda de pressão. O MetrôRio, no entanto, nega que as causas tenham sido o calor ou a superlotação das estações devido ao problema na sinalização na Estação Carioca.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/defeito-em-sinalizacao-deixa-linha-1-do-metro-com-intervalos-irregulares-15196032#ixzz3QKpGkEdP 
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Linha 4: mergulhões da Avenida Armando Lombardi começam a ser construídos, na Barra

Novas vias estarão disponíveis para a população em meados de 2016

29/01/2015 - O Globo

RIO - As obras para a construção de duas passagens subterrâneas (mergulhões) de retorno de veículos, sob a Avenida Armando Lombardi, tiveram início nesta semana, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os novos retornos - sentido Barra e sentido Zona Sul - vão servir para melhorar a fluidez na avenida, e serão uma opção aos retornos já existentes sob o Elevado das Bandeiras e ponte de acesso à Avenida das Américas.

A obra é executada pelo Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô entre a Barra da Tijuca e a Gávea. Cada mergulhão terá uma faixa de rolamento e também será criada uma passagem de pedestres para que não haja mais necessidade de sinais de trânsito.

Os mergulhões estão sendo construídos de forma coordenada com os túneis da Estação Jardim Oceânico da Linha 4 do Metrô e estarão disponíveis para a população em meados de 2016. O projeto foi desenvolvido em parceria entre o Governo do Estado, o Consórcio Construtor Rio Barra e a CET-Rio.

Atualmente, ocorre a instalação do sistema de contenção do terreno para escavação dos mergulhões, que consiste na cravação de estruturas metálicas a aproximadamente 15 metros de profundidade. Esta instalação será feita nos dois sentidos da Avenida Armando Lombardi, em fases. O serviço é feito dentro dos canteiros da obra da Linha 4 do Metrô, na pista que segue para o Recreio e, em seguida, será realizado no sentido Zona Sul.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/linha-4-mergulhoes-da-avenida-armando-lombardi-comecam-ser-construidos-na-barra-15185224#ixzz3QF1dISnX 
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Linha 4: começa construção de mergulhões na Av. Armando Lombardi

28/01/2015 - Jornal do Brasil
 
Uma antiga demanda da população da Barra da Tijuca está sendo atendida pelo Governo do Estado do Rio  de Janeiro. Começou a construção de duas passagens subterrâneas (mergulhões) de retorno de veículos sob a Avenida Armando Lombardi. Tais retornos - um sentido Barra e o outro, Zona Sul - irão melhorar a fluidez na avenida e serão uma opção aos retornos sob o Elevado das Bandeiras e ponte de acesso à Avenida das Américas. 

A obra é executada pelo Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô entre a Barra da Tijuca e a Gávea. Cada mergulhão terá uma faixa de rolamento e também será criada uma passagem de pedestres para que não haja mais necessidade de sinais de trânsito.

Os mergulhões estão sendo construídos de forma coordenada com os túneis da Estação Jardim Oceânico da Linha 4 do Metrô e estarão disponíveis para a população em meados de 2016. O projeto foi desenvolvido em parceria entre o Governo do Estado, o Consórcio Construtor Rio Barra e a CET-Rio.

Atualmente, ocorre a instalação do sistema de contenção do terreno para escavação dos mergulhões, que consiste na cravação de estruturas metálicas a aproximadamente 15 metros de profundidade. Esta instalação será feita nos dois sentidos da Avenida Armando Lombardi, em fases. O serviço é feito dentro dos canteiros da obra da Linha 4 do Metrô, na pista que segue para o Recreio e, em seguida, será realizado no sentido Zona Sul.

Para um diálogo direto e permanente com a população, o Consórcio Construtor Rio Barra conta com uma Central de Atendimento à Comunidade (CAC) na Avenida Armando Lombardi, nº 30, que funciona de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Moradores e comerciantes da região podem obter mais informações sobre sobre a obra por meio do telefone 0800 021 0620, pelo blog (metrolinha4.com.br) e twitter.com/metrolinha4. Ou, ainda, comunicar-se com o Consórcio por e-mail: atendimento.ccrb@ccrblinha4.com.br.

Mais de 300 mil pessoas vão usar a Linha 4 do Metrô

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca—Ipanema) é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro e vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A Linha 4 do Metrô entrará em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. Os usuários poderão ainda deslocar-se da Barra da Tijuca até a Pavuna, pagando apenas uma tarifa.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Primeiro trem que circulará na Linha 4 do metrô chega ao Rio

27/01/2015 - G1 RJ

Chegou nesta terça-feira (27) ao Rio o primeiro trem da Linha 4 do Metrô Rio, que vai ligar a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, até Ipanema, na Zona Sul. Ao todo, serão 15 novas composições no segmento, que tem previsão de ser inaugurado no primeiro semestre de 2016. Segundo o governo, todos os trens são importados e devem chegar ao Rio até o fim do ano. O metrô não informou quanto custou cada composição.

De acordo com o planejamento, o novo trem será utilizado nas linhas 1 e 2, até que a Linha 4 seja inaugurada. A composição será apresentada à população pelo governador Luiz Fernando Pezão e pelo secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osório, no dia 5 de fevereiro, no pátio de manutenção de Metrô Rio, no Centro da cidade.

Depois de anunciar que não haverá atraso na inauguração, o governo admitiu que a estação da Gávea só ficará pronta em dezembro de 2016, seis meses após o previsto e, portanto, depois das Olimpíadas.

No último dia 13, Osório afirmou ao RJTV que as obras estavam dentro do prazo. "Nós estamos acompanhando, passo a passo, diariamente a evolução do Tatuzão, para garantir o cronograma de obras. Esta obra tem que ficar pronta no primeiro semestre de 2016", disse.

O argumento usado pelo governo para explicar o atraso já foi usado outras vezes em agosto de 2013. A concessionária alterou o projeto da estação da Gávea. As plataformas não serão mais em dois níveis. Terá apenas um nível, mas foi mantida a
decisão de construir dois túneis, ligados à Barra e ao Leblon, para que não haja obstrução da linha.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Primeiro trem que fará parte da Linha 4 do metrô desembarca no Rio

Composição será testada nas Linhas 1 e 2 antes de começar a circular no novo trecho

27/01/2015 - O Globo



Primeira composição que vai integrar a Linha 4 desembarca no Rio - Divulgação
 
RIO - O primeiro dos 15 novos trens do metrô que farão parte do sistema da Linha 4 (Barra da Tijuca — Ipanema) desembarcou no Rio nesta terça-feira. De acordo com a Secretaria estadual de Transportes, a composição é semelhante às compradas recentemente para atender ao sistema metroviário, conta com seis carros, e passará por testes e ajustes operacionais antes de atender os passageiros.

De acordo com o planejamento, o novo trem será utilizado nas linhas 1 e 2 até que a Linha 4 seja inaugurada, em 2016. O novo trem da Linha 4 do metrô será apresentado à população pelo governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, no próximo dia 5, no pátio de manutenção de MetrôRio, no Centro da cidade.

"A chegada do primeiro novo trem marca uma nova etapa do projeto da Linha 4 do metrô. De agora até o final do ano, serão recebidos todos os novos trens que, a exemplo deste primeiro também, serão testados no sistema", disse o secretário Osorio, em nota.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/primeiro-trem-que-fara-parte-da-linha-4-do-metro-desembarca-no-rio-15168188#ixzz3Q4K8Kg00 
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Estação da Linha 4 em Ipanema já conta com acesso de passageiros

22/01/2015 - O Repórter

Um dos acessos de passageiros da Estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, da Linha 4 do Metrô, ganhou forma. Quem passa pela esquina das ruas Joana Angélica com Visconde de Pirajá já percebe a estrutura metálica que vai cobrir as escadarias. A instalação dos vidros com película antirresíduo também já foi concluída.

Assim como nas demais estações da Linha 4 do Metrô, que vai ligar a Barra da Tijuca a Ipanema, a arquitetura do acesso tem design discreto e padronizado, contribuindo para o conforto térmico, melhor visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno.

O acesso também já tem corrimão de aço inox escovado e guarda corpo em vidro, que seguem a mesma orientação de modernidade, qualidade e resistência. Esta é a estrutura definitiva da estação, que vai beneficiar cerca de 47 mil pessoas por dia, a partir do primeiro semestre de 2016.

Nesta estação, os colaboradores ainda trabalham na armação da laje da plataforma para receber o concreto e executam a montagem de eletrodutos e leitos para a passagem de cabos.

Arte na parede levará a uma viagem no tempo

No acesso pela Rua Joana Angélica da Estação Nossa Senhora da Paz, um painel feito em azulejos contará um pouco da história do bairro e da Paróquia de Nossa Senhora da Paz.

Há referências à primeira escola do bairro, o Ginásio Franciscano e ao compositor Pixinguinha, que morreu dentro da igreja. O Cine Pax, as fachadas dos anos 20 e o morro Dois Irmãos também foram retratados. A imagem de Nossa Senhora da Paz finaliza a obra. Um painel adesivado já marca o espaço que será ocupado pelos azulejos pintados.

O trabalho é do arquiteto Luiz Neves, professor da Escola de Belas Artes da UFRJ, que há 24 anos restaurou a paróquia.

"Em todo lugar do mundo, as estações de metrô têm um envolvimento forte com o bairro. Se não é possível ver a paisagem, tem que ter arte", disse o arquiteto.

Moradores do Rio visitam obras da Linha 4 do Metrô

25/01/2015 - Jornal do Brasil

Moradores do Rio  de Janeiro participaram, na manhã deste domingo (25/01), de uma visita guiada às obras da Linha 4 do Metrô na Estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. O tour teve início na Estação Interativa do Jardim de Alah, onde foi exibido um vídeo explicativo sobre o projeto da nova linha, que terá seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e cerca de 16 quilômetros de extensão.

Acompanhados por técnicos e engenheiros do Consórcio Linha 4 Sul - responsável pelas obras entre Ipanema e Gávea -, o grupo teve a oportunidade de conferir o andamento das obras no canteiro da Estação Nossa Senhora da Paz, e também pôde esclarecer dúvidas a respeito da linha 4, recebendo informações sobre a escolha dos métodos de escavação, o uso do Tatuzão, as causas do assentamento de solo ocorrido na Rua Barão da Torre, entre outras questões.

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, do Governo do Estado, vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com o empreendimento será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos, e da Barra ao Centro em 34 minutos.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Possibilidade de obra do metrô até a Barra não ficar pronta preocupa prefeitura

17/01/2015 - O Dia - RJ

FERNANDO MOLICA – INFORME DO DIA

Rio - Tem gente na prefeitura preocupada com a possibilidade de a expansão do metrô até a Barra não ficar pronta até a Olimpíada. A integração da Linha 4 com o BRT Transoeste será importante para levar o público até o Parque Olímpico, área do antigo autódromo onde ocorrerá a maior parte das disputas.

Mas Carlos Roberto Osório, secretário estadual de Transportes, alega que não há motivo para pânico. Segundo ele, apesar dos problemas ocorridos com o Tatuzão, a obra ficará pronta no primeiro semestre de 2016.

O ritmo do tatu

Osório diz que já foi possível aumentar a velocidade do equipamento, usado para fazer perfurações. De acordo com ele, houve dificuldade no trecho até a Rua Farme de Amoedo porque o solo era uma mistura de pedra e areia.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Estação do metrô da Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, começa a mostrar nova cara

Escavação já foi concluída, e corredores estão em fase de acabamento. Painel contará a história do bairro

POR BRUNO AMORIM

17/01/2015 - O Globo


Painel adesivado que servirá de referência para a instalação de azulejos - Pablo Jacob / Agência O Globo


RIO — A estação do metrô na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, começa a mostrar sua nova cara. A escavação já foi concluída, e corredores estão em fase de acabamento. A estrutura que vai cobrir as escadarias, com design discreto e padronizado, ficou pronta e pode ser vista por quem passa pela esquina das ruas Joana Angélica e Visconde de Pirajá. Pisos de granito foram assentados nos acessos e na área onde ficarão catracas e bilheterias. Operários trabalham na armação da plataforma e executam a montagem de dutos para a passagem de cabos.

Quando o público tiver acesso à estação, em junho de 2016, poderá conhecer melhor a história de Ipanema, contada por meio de azulejos do arquiteto Luiz Neves. Um painel adesivado, que servirá de referência para a versão definitiva, já está instalado.

Nesta sexta-feira, o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, teve uma reunião com moradores para esclarecer um incidente ocorrido na segunda-feira, quando obras da Linha 4 do metrô provocaram um vazamento de um produto semelhante a cimento, que formou uma "piscina'' na esquina das ruas Barão da Torre e Farme de Amoedo. Segundo ele, o material, um composto de polímeros usado para facilitar a escavação do equipamento conhecido como tatuzão, não oferece riscos à saúde e o problema foi solucionado.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/estacao-do-metro-da-nossa-senhora-da-paz-em-ipanema-comeca-mostrar-nova-cara-15081258#ixzz3P52RXEDL 
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Pezão quer R$ 1,5 bi da iniciativa privada para aplicar na Linha 3 do metrô

14/01/2015 -  O Dia - RJ

COLUNA INFORME DO DIA - FERNANDO MOLICA

Rio - O governador Pezão quer obter na iniciativa privada o R$ 1,5 bilhão que o estado tem que aplicar na construção da Linha 3 do metrô, entre Niterói e São Gonçalo. A maior parte do dinheiro virá de financiamento concedido pelo governo federal.

A primeira alternativa é recorrer à formação de uma PPP — Parceria Público-Privada. O investimento viria de empresa que, em troca, teria direito de operar a expansão. Opção semelhante seria a venda da outorga, a licença para construção e exploração da linha.

Quitadas

Pezão reafirma que, apesar da queda de receitas gerada pela diminuição dos royalties, não há risco de grandes obras serem paralisadas. Segundo ele, a contrapartida do estado para outros investimentos já foi paga.

Vizinhos da obra da Linha 4 reclamam de danos em prédios e problemas na rede de esgoto

Moradores do prédio na Rua Barão da Torre 138 vivem drama desde o dia 12 de maio do ano passado, quando crateras se abriram

POR BRUNO AMORIM E RENAN ALMEIDA

14/01/2015 - O Globo

Operários arrumam sacos de areia no cruzamento da Rua Barão da Torre com a Farme de Amoedo, em Ipanema, onde anteontem houve um grande vazamento - Marcos Tristão / Agência O Globo

RIO — Vizinhos da obra da Linha 4 do metrô (Barra-Zona Sul), em Ipanema, os moradores do prédio na Rua Barão da Torre 138 vivem sob tensão constante. O drama começou no dia 12 de maio do ano passado, quando crateras se abriram em frente ao edifício (entre as ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo), que foi tomado por rachaduras. Os buracos foram tapados, mas, daquele susto em diante, os transtornos não cessaram. Até hoje, todo o esgoto do prédio, de três andares, precisa ser recolhido por um caminhão limpa-fossa quase que diariamente porque, de acordo com moradores, a ligação com a rede foi fechada durante as intervenções da Linha 4.

Eles contam ainda que o sistema usado para a retirada dos dejetos é pago pelo consórcio, que também arca com as despesas de um segurança contratado para fazer a vigilância do endereço. O motivo: o muro empenou e o portão não fecha mais. Embora os construtores envolvidos no projeto já tenham dito que a obra não traz riscos para a vizinhança, moradores de outros três edifícios que sofreram rachaduras em consequência das crateras também reclamam. O prédio de número 141 precisou ser envolvido com tapumes para evitar possíveis quedas de reboco sobre a calçada.

O caso ocorrido há oito meses paralisou as escavações feitas pelo tatuzão. O equipamento só voltou a ser utilizado no dia 10 de novembro. Na segunda-feira, um produto químico usado no trabalho do tatuzão vazou para a rua, formando uma grande poça na esquina da Barão da Torre com a Farme de Amoedo, que fica a cerca de 50 metros dos dois edifícios.

MORADORA DIZ QUE VAI PEDIR INDENIZAÇÃO

Moradores do prédio número 138 dizem ainda que as obras do metrô danificaram a rede de luz. Também se queixam de falhas no abastecimento de água e gás, além de problemas no sistema de telefonia e internet. A consultora Doris Wine, que mora no prédio e hospeda turistas em seu apartamento, num sistema de bed and breakfast, conta que, assustados com os problemas nesse trecho da Barão da Torre, os clientes sumiram.

— Quando vieram injetar o cimento no subsolo, acabaram concretando as caixas de luz e telefonia. Eu tive perdas no meu negócio e pedi uma indenização. O consórcio que cuida das obras disse que não vai pagar, mas eu vou recorrer na Defensoria Pública. O concreto entupiu o esgoto da rua, e a minha casa inteira ficou cheirando como uma fossa — reclama a moradora.


Portão empenado desde que duas crateras surgiram na Barão da Torre, em maio - Alexandre Cassiano / Agência O Globo
No mesmo endereço, devido aos danos na rede de luz, a fiação que deveria ser subterrânea hoje está exposta, presa às paredes do prédio. Síndico do edifício, Rômulo Polpronieri se diz cansado de tantos problemas. O condomínio não entrou com pedido de indenização, mas Rômulo enviou uma carta para o Consórcio Linha 4 Sul pedindo auxílio na reforma.

— Essa obra do metrô está aí há dois anos. O tatuzão passou estourando tudo e depois tiveram que cimentar. Quebraram a instalação elétrica e de gás. Agora, os cabos passam por fora da terra. Também precisamos de um segurança porque os portões não fecham, empenaram. Toda vez que ligam o tatuzão, acontece um novo problema — diz ele.

Em frente ao prédio 141, onde um andaime com tapumes foi instalado, ainda é possível ver parte da cratera que se abriu sob a portaria em maio. O vidro do portão, que quebrou ao ser atingido por um pedaço da marquise, ainda não foi consertado. Dois prédios vizinhos também apresentam rachaduras no chão e nas paredes.

Nas janelas dos apartamentos da Barão da Torre, é possível ver o protesto silencioso de moradores estampado em faixas que dizem "S.O.S." e "Escavando terror". Muitos dos prédios também tiveram pequenas réguas fixadas nas paredes, para facilitar as constantes medições feitas para monitorar as rachaduras.

Segundo o Consórcio Linha 4 Sul, há dois seguranças contratados para a vigilância dos edifícios e os portões serão consertados assim que a Barão da Torre for totalmente liberada. A empresa informou que os prédios desse trecho entrarão num programa de reurbanização, com a reforma das redes, que começará logo após a passagem do tatuzão.

CONSÓRCIO DIZ QUE PRODUTO É BIODEGRADÁVEL

Em nota, o consócio disse ainda que o material que vazou na segunda-feira, usado na perfuração com o tatuzão, é "essencialmente constituído de um polímero biodegradável de fácil remoção", sem risco de obstrução das galerias pluviais, para onde foi escoado. Já as causas do problema ainda estão sendo analisadas. Na manhã desta terça-feira, operários montavam uma barreira com sacos de areia para conter outros vazamentos.

A previsão é que a obra do metrô seja entregue no primeiro semestre de 2016. De acordo com o "RJTV", da Rede Globo, de um total de cinco quilômetros que precisam ser escavados, o tatuzão avançou 450 metros (cerca de 10% do total). O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, informou nesta terça-feira que o cronograma das obras não sofreu alteração após o vazamento. A avaliação é que não houve qualquer dano estrutural e que a profundidade das escavações (a uma média de 18 metros) é segura.

— Aquele material é utilizado durante toda a perfuração, mas ali encontrou um caminho para cima e chegou até a superfície. O tatuzão não parou de rodar em nenhum momento.

Ele disse também que, até a primeira quinzena de março, a Barão da Torre vai estar totalmente liberada. Na sexta-feira, haverá uma reunião com moradores para tirar dúvidas.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/vizinhos-da-obra-da-linha-4-reclamam-de-danos-em-predios-problemas-na-rede-de-esgoto-15047477#ixzz3Onsp25qr 
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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Piscina de ‘cimento’

13/01/2015 - O Globo

O vazamento de um produto químico semelhante a cimento, ontem, na esquina das ruas Barão da Torre e Farme de Amoedo, em Ipanema, assustou moradores. O material jorrou de buracos no solo, como pequenos chafarizes. Representantes da Linha 4 do metrô disseram que não há risco para os prédios. O vazamento de um produto químico injetado para facilitar as escavações da Linha 4 do metrô, no início da tarde de ontem, na esquina das ruas Farme de Amoedo com Barão da Torre, em Ipanema, voltou a deixar moradores apreensivos com o futuro da obra. Apesar de ter a aparência de cimento, o Consórcio Linha 4 Sul, responsável pela obra, garantiu que se trata de polímero, composto utilizado na indústria. As duas ruas tiveram que ser interditadas por cerca de duas horas e meia, para que equipes pudessem evitar o avanço do material químico. Um carro-pipa também foi usado para ajudar na limpeza. O incidente ocorreu a cerca de 43 metros de distância de onde, em maio do ano passado, um afundamento de solo resultou em duas crateras e na interrupção do uso do chamado tatuzão, equipamento utilizado para perfuração do terreno. Desta vez, também segundo o consórcio, não houve necessidade de paralisação porque não há risco para as edificações próximas. As causas do problema, porém, ainda não foram divulgadas. E, para quem vive no bairro, o clima é de insegurança.

— A população não foi ouvida desde o início, e agora estamos apavorados com a possibilidade de um acidente mais grave. As explicações dadas pelo consórcio não nos convencem. Um dos pontos que questionamos é a própria profundidade das escavações que, por padrões internacionais, teria de ser de no mínimo 25 metros, mas chegará a 12 na Praça Nossa Senhora da Paz — reclamou a presidente do Projeto de Segurança de Ipanema, Maria Ignez Barreto.

O consórcio não comentou a questão da profundidade, mas reforçou em nota que "não há qualquer risco para as edificações do entorno e a escavação segue normalmente", com toda a área afetada já cercada e limpa.

O jornalista Chico Júnior flagrou o momento em que o produto químico começou a jorrar. Em menos de 30 minutos, toda a esquina e boa parte das duas ruas já estavam cobertas pela lama.

— Estava passando, por volta das 14h, e vi quando aquele líquido começou a jorrar. Era apenas um, mas logo cinco buracos apareceram, ao lado do canteiro de obras. A lama foi cobrindo a rua, e muitos operários correram para ver o que acontecia. Estavam sem saber o que fazer, meio assustados — contou Chico Júnior, que registrou as imagens num vídeo enviado ao GLOBO.

As cenas de ontem assustaram Aires Henrique, que trabalha em um prédio próximo à obra. Ele também se mostrou preocupado com a situação:

— Como estou sempre aqui, fico um pouco receoso. Esta obra não sai deste ponto. Dá um pouco de medo andar nas proximidades. A insegurança é grande. Você vê cartazes nas janelas de alguns apartamentos próximos com os dizeres "SOS Obra do metrô".

A advogada Silvia de Almeida mora há pouco tempo no bairro e presenciou os incidentes.

— Dois problemas graves em um curto espaço de tempo. Por mais que eles neguem risco às estruturas dos prédios, ficamos com medo. A sensação é de estar em um campo minado — desabafou.

CREA TAMBÉM DESCARTA RISCO

Horas após o vazamento ter ocorrido, o vicepresidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Manoel Lapa, que vem acompanhando as obras desde o ano passado, esteve no local para tentar esclarecer melhor o incidente. Segundo ele, o produto que vazou seria utilizado para facilitar, lubrificar a passagem do tatuzão:

— Antes da passagem do tatuzão, são colocadas colunas de uma calda de cimento, que é enrijecida e serve para tornar o solo que vem à frente mais uniforme. Depois, é colocado esse produto químico que facilita a passagem do tatuzão. Por algum motivo ainda não determinado, esse material conseguiu se infiltrar em algum caminho no cimento e chegou até a superfície.

Lapa também foi a alguns prédios vizinhos ao vazamento e confirmou que não há nenhum risco aparente às edificações. Ele comentou ainda que nos trechos onde as escavações ocorrerão além dos 25 metros de profundidade estão sendo feitos reforços de concreto nas laterais, para que os edifícios não sejam afetados.

O local de onde vazou o material foi cercado por lonas, onde as equipes fizeram a quebra do asfalto com britadeiras. Uma corrente foi instalada na área atingida para evitar que as pessoas atravessassem o local. Apesar disso, uma mulher chegou a afundar o pé no produto que vazou. Por volta das 16h30m, o trânsito foi liberado em meia pista para quem seguia da Rua Farme de Amoedo em direção à Barão da Torre. Além de problemas no trânsito, o acidente causou prejuízos ao comércio local.

— Por causa do vazamento, o movimento de clientes parou a tarde toda. Sem contar que eu precisei lavar toda a loja — reclamou a funcionária de uma lanchonete de Ipanema.

Em nota, a Secretaria estadual de Transportes afirmou que fiscaliza permanentemente as obras da Linha 4 através da empresa Riotrilhos, que mandou engenheiros ao local. "Foi executado o plano de emergência, que prevê o monitoramento das edificações, medidas técnicas de controle do vazamento e acionamento de autoridades", informou. A secretaria também pediu ao consórcio um laudo com as causas do incidente, mas reforçou que não há riscos.

INCIDENTE PARALISOU O TATUZÃO POR 6 MESES

Em 12 de maio do ano passado, a Defesa Civil do Rio determinou a suspensão das escavações feitas pela Tunnel Boring Machine, mais conhecida como tatuzão, após o surgimento de duas crateras na calçada da Rua Barão da Torre, entre as ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo, em Ipanema. Na madrugada do dia anterior, moradores do trecho foram acordados por um estrondo. O incidente, que teria ocorrido devido ao assentamento do solo no local, causou pânico entre moradores, que deixaram seus apartamentos às pressas, com medo de desabamento. Quatro edifícios tiveram rachaduras, e guaritas foram danificadas. Um dos mais atingidos foi o prédio 137. Não houve feridos. Também não houve interrupção do restante das obras para a implantação da Linha 4 do metrô, que ligará Ipanema à Barra da Tijuca.

Em 27 de maio, técnicos do Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras, reuniram-se com os moradores para informar que seriam realizadas, a partir do dia 28 e durante 60 dias, injeções de calda de cimento no subsolo, para recuperar as características que o terreno apresentava antes do incidente.

No entanto, apenas em 10 de novembro o tatuzão voltou a fazer escavações na Rua Barão da Torre. Logo após a máquina entrar em operação, por volta das 9h, um novo buraco, com cerca de meio metro de diâmetro, surgiu na rua, na altura do número 82, na calçada da Escola Municipal José Linhares.

Na ocasião, o consórcio negou que houvesse "qualquer relação entre as obras e o surgimento do buraco na Rua Barão da Torre", atribuído a um "vazamento de esgoto numa rede de 150 mm de PVC" da Cedae, que resolveu o problema.

A previsão é que a Linha 4 seja entregue no primeiro semestre de 2016.Serão seis estações em 16 quilômetros de extensão.