terça-feira, 21 de outubro de 2014

‘Licitarei as obras da Linha 3 do metrô até dezembro’, diz Luiz Fernando Pezão

20/10/2014 - São Gonçalo Online

Daqui a cinco dias, Luiz Fernando Pezão (PMDB) terá o seu destino político imediato decidido nas urnas. O governador garante que, se reeleito, nos próximos quatro anos ampliará para o Leste fluminense, principalmente São Gonçalo, as medidas de Segurança Pública que ganharam o formato das UPPs na gestão de seu antecessor, Sérgio Cabral. Mas também investirá em mobilidade urbana, com a Linha 3 do Metrô e os BRTs. Nessa entrevista exclusiva a O SÃO GONÇALO, ele conta quais são os seus planos de governo que poderão afetar a vida dos mais de 1 milhão de gonçalenses. 

O SÃO GONÇALO - Quais serão as prioridades na área de segurança pública de seu governo? Como conter o êxodo dos marginais de áreas pacificadas para a Região Metropolitana e cidades do interior? Haverá uma integração com as forças federais e municipais de segurança, com troca de informações e ações conjuntas? 
Luiz Fernando Pezão - Vamos dar continuidade à inauguração de novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e ao aperfeiçoamento das existentes. A meta é instalar 50 novas unidades nos municípios da Baixada Fluminense, São Gonçalo e Niterói, chegando a 90 UPPs até 2018 em todo estado. Só em São Gonçalo, serão cinco novas unidades. Em Niterói, serão outras três UPPs. Estamos atentos ao deslocamento da mancha criminal. As UPPs já libertaram mais de um milhão e meio de pessoas do jugo do crime, a frequência dos alunos que estudam em áreas pacificadas aumentou mais de 70% e o desempenho escolar, 43%. Vamos construir delegacias de Polícia Civil em todas as UPPs já instaladas. Também iremos aumentar o efetivo do 7º Batalhão da PM, em São Gonçalo, para melhorar o patrulhamento nas ruas. 

OSG - Como será a luta de seu governo em defesa dos royalties do Rio de Janeiro em relação à produção de petróleo e derivados no Estado? 
PEZÃO - O pré-sal já tem sua lei definida com recursos para Educação e Saúde. A gente não quer que haja atrasos, por exemplo, na construção da refinaria do Comperj. Meu partido é o Rio de Janeiro. Nós vamos lutar muito na divisão do bolo quando for discutido para onde vão os recursos e mostrar o quanto eles saem do nosso estado. Por sermos o maior produtor do país, iremos querer uma fatia maior. 

OSG - Tudo aponta para um futuro problema de abastecimento de água em várias regiões do país. Como seu governo irá preparar o Rio de Janeiro para essa eventualidade? 
PEZÃO - Temos uma série de investimentos previstos para ampliar o abastecimento de água no Rio e garantir a qualidade de vida da população. Aqui, em São Gonçalo, por exemplo, nós já resolvemos mais de 90% dos problemas nesta área. Ainda falta água em alguns morros da cidade, mas já temos todos os canos para universalizar o abastecimento. 

OSG - A indústria naval realmente foi aquecida no Rio de Janeiro, que é um polo tradicional do setor. Há outras áreas da economia que o senhor pretende priorizar em seu governo? 
PEZÃO - Estamos nos consolidando como o segundo polo siderúrgico. Dos 21 centros de pesquisa se instalando no Brasil, 18 estão vindo para o Rio. Temos aqui os projetos do Porto Maravilha. A política do governo de incentivos fiscais, de investimentos em infraestrutura e qualificação de mão de obra fez com que as empresas voltassem a investir no Rio de Janeiro. Os planos de expansão previstos por indústrias do setor automobilístico vão ajudar o estado a alcançar até 2020, o posto de segundo maior produtor de veículos do país. Este é um estado bem diferente daquele que encontramos há sete anos e 10 meses. O nosso orçamento passou dos R$33 bilhões, quando entramos, para R$84 bilhões. Batemos recorde de crescimento no país. 

OSG - Haverá um estímulo à educação em tempo integral e à formação de mão-de-obra especializada através das escolas técnicas em seu governo? 
PEZÃO - Desejo garantir a todos os jovens ensino médio com horário integral e ensino profissionalizante. Mais 100 colégios estaduais terão o programa 'Dupla Escola' nos próximos quatro anos. Queremos triplicar o número de CVTs em todo o estado, chegando a 180 unidades até o fim da próxima gestão. 

OSG - No primeiro debate da Band do segundo turno, o senhor e seu adversário não citaram o investimento na Linha 3 do Metrô como meta de governo na área de transporte? Por quê? 
PEZÃO - Tenho dito isso durante toda a campanha. Eu assumi um compromisso de colocar a Linha 3, que vai ligar Niterói a São Gonçalo, e depois chegar a Itaboraí. Estou me empenhando fortemente para realizarmos essa licitação até dezembro. Além do metrô, a região receberá três linhas de BRT: Niterói-Alcântara; Niterói-Manilha e Tribobó-Maricá. 

OSG - O senhor está satisfeito com as bancadas eleitas pelos fluminenses para a Câmara Federal e o Senado? Como será também sua relação com a Alerj? 
PEZÃO - Eu tenho orgulho de unir, desde o primeiro momento, 18 partidos. Ter feito a maior aliança e chegar agora, nos últimos dias de campanha, com 21 partidos e com boa parte dos políticos me apoiando. Não tenho inimigos na política. Sou uma pessoa de ouvir, aberta ao diálogo, e aceito as críticas. Mas também mostro os avanços que o nosso governo teve, principalmente na Segurança Pública. Nosso governo foi um governo de muitas conquistas. 

OSG - O senhor foi associado por seu adversário ao governo Sérgio Cabral em um sentido pejorativo. O que o senhor tem a dizer sobre isso? 
PEZÃO - O Sérgio (Cabral) deixou um legado para o estado, que hoje tem uma das menores taxas de desemprego do país. É o único governador que enfrentou a questão da segurança pública; inaugurou 55 UPAs, com 24 milhões de atendimentos; distribuiu 170 milhões de remédios; colocou a Educação do Rio no topo do ranking do Ideb. Criticar e falar é mole. Quero ver é meter a mão na massa e fazer.

Fonte: O São Gonçalo Online
Publicada em:: 20/10/2014

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