sábado, 29 de agosto de 2015

Linha 4 do Metrô: instalação dos trilhos alcançam metade de sua extensão

26/08/2015 - Agência Rio

Nesta quarta-feira (26), a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro informou que as obras alcançaram a metade de sua extensão na instalação dos trilhos. Dos 32Km de via permanente, por onde passarão os trens entre a Barra da Tijuca e Ipanema, nos dois sentidos, há trilhos instalados em 16Km. Os túneis vindos da Barra estão completamente escavados. Na Zona Sul, falta apenas 1,3Km até o Alto Leblon, onde os túneis se encontrarão. 

A partir de 2016, o trajeto entre Barra e Ipanema será feito em 13 minutos, beneficiando mais de 300 mil pessoas por dia. A ligação metroviária entre estes bairros estará à disposição dos passageiros em junho do ano que vem, com a operação assistida. 

A operação comercial, com os mesmos horários das demais linhas de metrô, será iniciada em julho.

Fonte: Agência Rio de Notícias
Publicada em:: 26/08/2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Últimos trens da Linha 4 do Metrô chegam no Rio de Janeiro

19/08/2015 - Governo do Rio de Janeiro

A Secretaria de Transportes e a concessionária MetrôRio entregaram os três último trens, da frota de 15 novos, que irão operar na Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema). As composições chegaram ao Porto do Rio com um mês de antecedência e passarão por 90 dias de testes, antes de estarem disponíveis para operação.

Montado na China, o veículo possui seis carros, capacidade para 1,8 mil pessoas, ar-condicionado, passagem interna entre carros, painéis de LED com sistema informatizado de comunicação e câmeras de monitoramento interno. O projeto é o mesmo das composições que operam no MetrôRio desde 2012. 

As novas composições começam a circular pelos trilhos da Linha 4 no segundo semestre de 2016. Com a aquisição, a frota do metrô do Rio de Janeiro será ampliada em 30%, saindo de 49 trens para 64. 

Componentes de vários países

Apesar de o trem ser montado na China, ele recebe componentes de vários países diferentes. A carroceria e o truque, onde se localizam as rodas e o motor, vêm da empresa chinesa Changchun Railway Vehicles. O sistema de ar-condicionado é da australiana Sigma. A Mitsubishi Eletric, do Japão, ficou responsável pelo sistema de tração. O sistema de portas foi desenvolvido pela austríaca IFE e toda a parte de frenagem dos novos trens ficou a cargo da Knorr-Bremse, da Alemanha, ou seja, buscou-se a melhor tecnologia mundial. 

Sobre a Linha 4

A Linha 4 do Metrô é uma obra do Governo do Estado do Rio e vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa, deslocando-se, por exemplo, da Barra da Tijuca à Pavuna. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. O projeto é o maior legado em transporte que a população ganhará com os Jogos Olímpicos. 

No âmbito do projeto da Linha 4, cabe à Invepar, controladora do MetrôRio, a aquisição dos novos trens e sistemas (sinalização, piloto automático, telecomunicações – câmeras, informações ao usuário etc), a adequação do Centro de Manutenção e a compra de equipamentos, máquinas e veículos que serão utilizados na manutenção. Também está sob a responsabilidade da Companhia a adaptação do Centro de Controle Operacional (sistema novo de controle de trens).

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

PMs passam a fazer segurança no metrô

Na primeira etapa do convênio entre o estado e Metrô Rio, serão 15 policiais por dia

POR CÉLIA COSTA

13/08/2015 - O Globo


Policiais militares reforçam a segurança na estação do metrô Cidade Nova - Gabriel de Paiva / Agência O Globo


RIO - Depois dos recentes casos de arrastões e até um latrocínio — roubo seguido de morte —, o metrô reforçou a segurança nas estações com policiais militares. Na primeira etapa, serão 15 policiais por dia, contratados pela concessionária Metrô Rio por meio do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que permite ao policial trabalhar em seu horário de folga, mediante gratificação.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, disse que, apesar da presença dos PMs não ser possível em todas as estações, o planejamento é realizado de acordo com informações mapeadas pela área de Inteligência em Segurança do Metrô Rio, com base nos dados da mancha criminal da cidade. A Linha 1 tem 20 estações, e a 2 conta com 26.

— Todas as estações e composições do metrô têm sistema de câmeras de alta resolução, o que permitiu a identificação de criminosos nos episódios recentes. O objetivo da presença dos policiais militares nas estações é aumentar a sensação de segurança do usuários e inibir a prática de crimes — disse Osorio, na manhã desta quinta-feira, na estação da Cidade Nova, durante o lançamento do convênio, que faz parte do programa Segurança no Metrô.

Ainda de acordo com o secretário, o número de PMs utilizados nesse policiamento é flutuante e poderá ser aumentado de acordo com a necessidade. Em ocasiões especiais, como jogos no Maracanã, réveillon e carnaval, o efetivo será maior.

O comandante do Proeis, coronel Sebastião José de Alcântara, disse que já foi parceiro do metrô em outras épocas e que agora está retomando o convênio.

— Os PMs são treinados para agir em ambientes fechados para observar a multidão e com a preocupação de evitar qualquer tipo de confronto dentro do metrô — explicou o coronel.

Quem usa diariamente o transporte espera que o reforço no policiamento realmente aumente a segurança.

— O metrô sempre foi um transporte seguro, mas ultimamente tem ficado perigoso. Conheço várias pessoas que já foram assaltadas. Acho importante fazer isso aqui — disse a estudante Mayumi de Figueiredo Penteado Carvalho Fonseca, de 22 anos.

Segundo Osorio, o metrô aumentou em 10% o número de seguranças. Atualmente, são 382 agentes, incluindo profissionais do Grupamento de Operações Especiais (GOE) — que são mais altos e mais fortes que os demais — e circulam em duplas dentro das composições das linhas 1 e 2. O sistema de monitoramento por câmeras tem 800 equipamentos e, como o programa Segurança no Metrô haverá um aumento de 10%

PUBLICIDADE

ARRASTÕES E MORTES NO METRÔ

No dia 26 de março, 12 pessoas foram assaltadas em um trem com destino a Ipanema. Cinco homens, um deles armado, participaram do crime, praticado por volta das 23h entre as estações Glória e Catete. Menos de duas semanas antes, assaltantes já tinham feito um arrastão no trecho entre o Largo do Machado e o Flamengo. Na ocasião, 16 pessoas foram roubadas.

O caso mais grave, ocorrido no dia 10 de julho, quando o auxiliar de serviços gerais Alexandre Oliveira, de 46 anos, foi vítima de uma "saidinha de banco" e foi morto na estação Uruguaiana. O suspeito do assassinato, identificado como Edvardo, teve a imagem registrada pelas câmeras e foi reconhecido pelo irmão, o coronel da reserva da PM Edivaldo Camelo da Costa, que foi à Divisão de Homicídios fazer a denúncia.

A assessoria da Polícia Civil informou que, de acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DH), as investigações estão em andamento. Ainda segundo a nota, equipes da delegacia realizam diligências para identificar outros envolvidos no crime. O único identificado até agora é Edvardo, graças à ajuda do irmão do suspeito, mas que ainda não foi preso.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pms-passam-fazer-seguranca-no-metro-17170010#ixzz3inChRkfv 
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Linha 4 do metrô está 75% pronta, diz Osorio

06/08/2015 - O Globo

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, afirmou ontem que a obra da Linha 4 do metrô, que vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca, está 75% concluída. Em entrevista ao "RJ-TV", da Rede Globo, ele garantiu que a construção ficará pronta com mais de um mês de antecedência para os Jogos de 2016.

De acordo com o secretário, os testes com passageiros estão previstos para serem iniciados em 1º de junho do próximo ano, fora dos horários de pico. Um mês depois, a obra estará à disposição da população, afirmou Osorio. Ele destacou que o cronograma está 40 dias adiantado. Quando estiver em plena atividade, a Linha 4 permitirá que o trajeto entre a Barra e Ipanema seja feito em aproximadamente 13 minutos.

MENOS VEÍCULOS NAS RUAS

Osorio também ressaltou que, hoje, a construção da Linha 4 é a maior obra de infraestrutura em andamento no país. O percurso de 16 quilômetros, segundo o secretário, será usado por 300 mil passageiros diariamente. Estimase que, no horário de pico, a nova linha permitirá uma redução de pelo menos dois mil veículos nas vias que ligam a Barra à Zona Sul.

— Agora, o trabalho é com o tatuzão, que está sendo empregado no Jardim de Alah e tem previsão para chegar à futura estação Antero de Quental em outubro. No final do ano, juntaremos os dois túneis — disse o secretário.

Após os testes, Osorio acredita, que estarão funcionando as estações Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. A Estação Gávea teve o projeto alterado e só será inaugurada em dezembro de 2016.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Após 3 anos, obras do PAC mobilidade estão travadas

28/07/2015 - Valor Econômico

Em abril de 2012, a presidente Dilma Rousseff prometeu recursos a fundo perdido e financiamento subsidiado para espalhar linhas de metrô pelas maiores capitais do país, com um pacote de R$ 32 bilhões em projetos de mobilidade urbana. E atacou quem demonstrava complexo de viralata: "No passado, diziam o seguinte: o Brasil era um país que não tinha condições de investir em metrô, porque metrô era muito caro, nós tínhamos de utilizar outros métodos de transporte", afirmou a presidente, sob aplausos, em uma concorrida solenidade no Palácio do Planalto.

No ano seguinte, em resposta às manifestações de junho, Dilma reuniu os 27 governadores para anunciar cinco pactos e prometeu mais R$ 50 bilhões em investimentos na área de mobilidade. "Essa decisão é reflexo do pleito pela melhoria do transporte coletivo no país, onde as grandes cidades crescem e onde houve a incorreta opção de não se investir em metrôs", afirmou.

Entre a promessa e a realidade, o retrato é frustrante. De tudo o que foi anunciado, quase 100 quilômetros de linhas de metrô ou de veículos leves sobre trilhos (VLTs) ficaram apenas no papel e hoje encontram¬se em estado letárgico. Foram paralisados projetos em sete capitais: Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza. Eles totalizam R$ 20 bilhões.

A única obra da lista que deu sinais concretos de avanço foi a construção da linha leste do metrô de Fortaleza ¬ mas por pouco tempo. Mais de 70% dos investimentos previstos têm origem no Orçamento Geral da União (OGU) e em financiamentos de longo prazo, com juros subsidiados, da Caixa Econômica Federal. O restante vem dos cofres estaduais.

Abertos no fim de 2013, os canteiros foram abandonados no fim do ano passado. "Está tudo paralisado. Só tem vigia tomando conta para evitar invasões", diz Arquimedes Fortes, coordenador de fiscalização do Sintepav, o sindicato dos trabalhadores da construção no Ceará.

Segundo ele, as obras chegaram a empregar 800 operários e diminuíram subitamente de ritmo com o fim da campanha eleitoral, sem ter atingido nem mesmo 15% de execução. "Especula¬se que houve falta de repasses, mas ninguém confirma", afirma Fortes. A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) nega problemas orçamentários e atribui a paralisia a mudanças societárias no consórcio vencedor da licitação, mas admite que não há data prevista para o reinício das obras.

As restrições fiscais, no entanto, são vistas com desconfiança por quem espera a liberação de verbas da União e se queixa de indefinição sobre o futuro dos projetos. "O que queremos é uma posição definitiva e transparente do governo federal", afirma o secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório.

A linha 3 do metrô, que ligará Niterói a São Gonçalo, nunca foi licitada. Para ser desengavetada, ela precisa de R$ 2,1 bilhões de financiamento da Caixa e de recursos a fundo perdido do Ministério das Cidades, que repassa o dinheiro do PAC Mobilidade Grandes Cidades. "Um ponto em comum de aflição entre os governos estaduais é se os recursos prometidos vão ser mesmo liberados", diz Osório, que preside um conselho de secretários de Transportes.

A preocupação tem justificativa. Quase três anos após o lançamento do pacote, apenas R$ 824 milhões de tudo o que Dilma havia prometido tinham sido efetivamente pagos até o fim do primeiro trimestre de 2015, segundo dados obtidos pelo Valor por meio da Lei de Acesso à Informação. A maioria dos repasses foi para projetos de corredores exclusivos de ônibus e obras viárias.

O secretário de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Dario Reis Lopes, relativiza o impacto do ajuste fiscal e prefere chamar atenção para equívocos cometidos no passado. Ele lembra que, primeiro, houve dificuldade de muitos governadores e prefeitos em elaborar projetos de engenharia de boa qualidade ¬ um pré¬requisito para ter acesso às verbas federais. Depois, faltou fechar a equação financeira para garantir as operações de longo prazo das novas linhas, que normalmente são pouco rentáveis.

"Certo ou errado, foram feitos anúncios de empreendimentos complexos, mas com detalhamento insuficiente", afirma Lopes. Por exemplo: o BNDES, ao analisar investimentos em transportes sobre trilhos, calcula que cada quilômetro de metrô subterrâneo custa, em média, R$ 500 milhões. A extensão em 7,5 quilômetros e cinco estações do metrô de Brasília, que alternaria trechos de superfície e debaixo da terra, foi orçada em R$ 700 milhões. Ou seja, a conta não fecha.

A dificuldade na elaboração dos projetos de engenharia também tem no Distrito Federal um de seus piores exemplos. Mesmo com a promessa de receber a fundo perdido 99% dos recursos necessários para a expansão do metrô, o governo local demorou 34 meses para concluir o projeto básico e agora promete licitar um trecho das obras em setembro.

Em parte das novas linhas prometidas, o rombo no caixa dos Estados enterra a esperança de um salto para o futuro. É o caso do metrô de Porto Alegre. A obra, orçada em R$ 4,8 bilhões e com 13 estações previstas, era fruto de uma costura que envolvia os três níveis de governo: União, Estados e municípios. "No nosso caso, a crise veio ao quadrado", diz o coordenador do projeto na Prefeitura de Porto Alegre, Luiz Gomes. Além do ajuste fiscal no plano federal, ele explica que o governo do Rio Grande do Sul já deixou claro não ter recursos suficientes para fazer o aporte que lhe correspondia. "O dinheiro sumiu. Agora, só uma repactuação poderia desengavetar o metrô."

Às vezes, nem um contrato assinado é garantia de que as coisas vão avançar. O VLT de Goiânia, um projeto de parceria público¬privada (PPP) tocado pelo governo estadual, foi licitado em dezembro de 2013. Um consórcio liderado pela Odebrecht Transport arrematou o direito de construir e explorar o empreendimento por 35 anos. Até agora, nem 25% das desapropriações necessárias ¬ uma atribuição do poder público ¬ foram feitas. Os recursos federais pleiteados para a obra também não foram liberados e as intervenções não têm data para começar.