terça-feira, 8 de abril de 2014

Trabalhadores paralisam obras do Metrô no Rio

08/03/2014 - Portal Terra
 
Uma manifestação de funcionários da Linha 4 do Metrô por melhores salários complicou o trânsito na manhã desta terça-feira na região da avenida Bartolomeu Mitre, no bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Policiais militares estiveram no local para acompanhar o protesto.

De acordo com o site do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, os funcionários iniciaram uma greve geral à 0h desta segunda-feira. 

Uma assembleia geral foi realizada no dia 31 de março e a categoria reivindicou 10% de aumento salarial, cesta básica de R$ 300 e adicional de 100% para as horas-extras. Uma nova assembleia está marcada para esta quinta-feira.

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro ligará a Barra da Tijuca, na zona oeste, a Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, com seis novas estações e 16 quilômetros de extensão. A previsão é de que a Linha entre em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Nova Estação Uruguai do metrô e pacificação elevam em 30% o preço de imóveis

03/04/2014 - O Globo

Leia: Estação Uruguai não é refrigerada, como havia sido prometido

RIO — São 8h30m e a Estação Uruguai do metrô, na Tijuca, está lotada. Construída no pátio de manobras que ficou conhecido como "rabicho da Tijuca", a nova plataforma realizou um sonho antigo do tijucano. A proximidade do metrô, num momento em que a cidade está repleta de obras por todos os lados, combinada com os efeitos da pacificação das favelas da região, contribuiu para a valorização de imóveis em até 30% naquele trecho da Tijuca. A mudança já foi sentida na rotina do morador, que ganhou mais tempo no seu dia a dia, e do comércio, otimista em relação ao aumento das vendas.

Desde a inauguração da Estação Uruguai, no dia 15 de março, o aposentado Eduardo Rodrigues Silva procura um apartamento nos arredores de uma das cinco saídas do metrô. Morador da Rua Henrique Fleiuss, na Tijuca, ele optou por vender o carro e só utilizar transporte público:

— Era o que faltava no bairro. Eu moro no alto de uma ladeira e tinha que pegar o ônibus de integração até o metrô. Agora que a estação foi inaugurada, quero morar mais perto.

A procura por um apartamento em ruas como Uruguai, Dona Delfina, Itacuruçá, José Higino e Andrade Neves já pode ser sentida no preço do imóvel. Dados do Sindicato de Habitação (Secovi-RJ) mostram que o metro quadrado aumentou de R$ 5.448 para R$ 7.280, uma variação de 33,6%, entre 2012 e 2014.

Apesar de o bairro como um todo ter se valorizado devido à instalação das UPPs, um olhar mais atento mostra que o metro quadrado da Rua Uruguai teve uma variação de 33%. Já a Avenida Maracanã — outro endereço cobiçado, devido à urbanização no entorno do estádio que sediará a final da Copa do Mundo — foi de 30,6%.

— A questão de acesso hoje é um fator crítico. Eu diria que vem logo após a segurança. A proximidade de uma estação do metrô é considerada um atrativo. E isso funciona como efeito cascata. Todos os que estão ao redor são beneficiados de alguma forma, ainda mais nesse momento em que a cidade está cercada por canteiros de obras — diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi.

Vice-presidente da Ademi, Rogério Zylbersztajn afirma que a valorização naquele trecho da Tijuca foi de 27%. A UPP, segundo ele, teve um papel fundamental na revitalização da Tijuca, mas a proximidade do metrô também contribuiu:

— As pessoas querem mobilidade urbana, querem poder deixar o carro em casa. Essa é a vantagem de morar próximo do metrô.

Quem tinha planos de se mudar do bairro antes da chegada do metrô acabou desistindo da ideia. Esse é o caso da aposentada Bárbara Domingues, que pretende continuar na Rua Andrade Neves:

— Foi uma notícia maravilhosa. Minha filha mora no Leblon, e a distância até a casa dela encurtou. Vou de metrô até Ipanema e de lá pego um ônibus. Quando inaugurarem a estação do Leblon, vai ser perfeito.

Vinícius Domingues, advogado e aluno da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, no Centro, é outro que se beneficiou do metrô. Ele conta que economiza 40 minutos de seu dia:

— Já tinha tentado ir ao Centro de duas formas: de ônibus ou de metrô, com a integração até a Praça Saens Peña, que estava sempre insuportável de tão cheia. Hoje gasto 20 minutos a menos na ida e na volta.

Ele é um dos 21 mil usuários que utilizam diariamente a Estação Uruguai do metrô. Destes, segundo a concessionária Metrô Rio, 15 mil já usavam o transporte, embarcando na Saens Peña. Outros seis mil foram incorporados ao sistema após a nova estação. Nos arredores, o clima é de otimismo. Maria Luiza Saldanha, gerente de uma loja Kalunga, inaugurada em janeiro, considera a abertura do metrô "um presente":

— Já podemos sentir um aumento das vendas, principalmente no horário de saída do trabalho, quando as pessoas deixam a estação e dão de cara com a loja.

Um dos pioneiros na revitalização daquele trecho da Tijuca, o empresário Ottmar Grunewald, que recentemente abriu o Café Otto ali, acredita que as vendas vão aumentar.

— Sou do tempo em que a área era repleta de moradores de rua. O metrô representa uma mudança de hábito do carioca. Na Tijuca, as ruas estão cheias, e a frequência melhorou. Ele veio nos atender, até com um certo atraso.

Assim como Ottmar, muitos moradores da Tijuca duvidaram que o "rabicho" seria transformado numa estação do metrô. Seu traçado até a Saens Peña, de apenas um quilômetro, já tinha sido parcialmente escavado em 1982. Desde então, apesar de o projeto não ter sido concebido com esta finalidade, não faltaram propostas de ocupação para o lugar.

— Cada hora falavam uma coisa. Ninguém acreditava em mais nada. Já disseram que ali ficaria a conexão com o metrô da Gávea! Quando anunciaram as obras da Uruguai, foi uma surpresa — diz o aposentado Cleider Pinto, de 79 anos

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dilma visita Galeão e Linha 4

02/04/2014 -O Dia - RJ

Rio - A presidenta Dilma Rousseff estará no Rio hoje para participar de dois eventos. O primeiro será às 9h, quando ela acompanhará a assinatura do contrato de concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. Ainda pela manhã, Dilma vai conferir o andamento das obras da Estação São Conrado da Linha 4 do Metrô.

Em relação ao Galeão, a missão dos novos donos da principal porta de entrada da Cidade Maravilhosa não permite turbulências. A construção de 26 pontes de embarque e de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos e a correção de problemas que atormentam usuários, como acesso ruim à internet, escadas rolantes quebradas e falta de tomadas, são apenas algumas das obrigações que a concessionária Aeroporto Rio de Janeiro assume a partir de hoje. Às 11h, a empresa assina com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o termo de concessão do aeroporto, válido por 25 anos.

O consórcio, que arrematou o aeroporto no leilão de novembro passado por R$ 19 bilhões, é formado pela Odebrecht Transport, Changi Airports, responsável pela operação do aeroporto de Cingapura, considerado o melhor do mundo, e a estatal Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A proposta vencedora derrotou a concorrente CCR, que no Rio de Janeiro já administra a Ponte Rio-Niterói, a Via Dutra e as barcas.

Em comunicado enviado ontem, a Infraero procura dissipar as nuvens carregadas que costumam nortear a opinião de especialistas sobre supostos atrasos nas obras do Galeão, iniciadas em 2008. Embora a reforma do Terminal 1 ainda esteja pela metade, não há riscos de o aeroporto não atender ao aumento de demanda de passageiros durante a Copa do Mundo, em junho, segundo a empresa.

As obras do terminal 2 terminam este mês. A estatal estima que, finalizados os dois terminais, a capacidade anual de passageiros saltará dos atuais 17 milhões para cerca de 30 milhões — número que não assusta o professor Elton Ferreira, especialista da UFRJ: "Acredito que o aeroporto vai suprir bem essa demanda".

Os representantes da concessionária não quiseram comentar ontem as primeiras medidas previstas para a operação do Tom Jobim e que integram o Plano de Ação Imediata (PAI) elaborado pela Infraero. "Há muita coisa que precisa ser feita nesse aeroporto", disse a funcionária pública Fernanda da Rosa, usuária frequente do Galeão. "É um absurdo que um aeroporto tão importante não tenha uma internet sem fio decente e às vezes fique sem refrigeração adequada."

Em São Conrado, plataformas e túneis

Se o trânsito caótico da cidade não atrapalhar, a presidenta da República chagará às 11h ao canteiro de obras da estação São Conrado da Linha 4 do Metrô, na estrada da Gávea, onde a estarão aguardando o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes.

No local, Dilma poderá conferir a construção das plataformas para passageiros e as escavações de corredores de acesso à estação. Estas últimas já em fase final, segundo a concessionária Rio Barra.

Na área externa do canteiro, estão em construção dois dos três acessos da estação — um na Avenida Niemeyer (mais perto da Rocinha) e outro na Avenida Aquarela do Brasil.

O terceiro ponto de acesso à estação São Conrado, na Estrada da Gávea, ainda não saiu do papel, segundo a concessionária, porque o terreno permanece sendo preparado para também receber uma subestação de energia elétrica.

Prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2016, a Linha 4 do Metrô, ligando a Barra da Tijuca a Ipanema, ao longo de 16 quilômetros de trilhos, deverá transportar cerca de 300 mil pessoas diariamente. Em janeiro deste ano, foi concluída a escavação dos cinco quilômetros do segundo túnel (chamado de bitúnel) de ligação entre São Conrado e a vizinha Barra da Tijuca.

A concessionária Rio Barra estima que a operação plena da Linha 4 vai tirar de circulação dois mil carros por dia nos horários de pico. Além de São Conrado, a linha terá outras cinco estações: Jardim Oceânico, Gávea, Antero de Quental (Leblon), Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz (Ipanema).

Dilma assina contrato de concessão do Galeão e visita obras do metrô

02/04/2014 - O Globo

A presidenta Dilma Rousseff assina hoje (2) o contrato de concessão do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, do Rio de Janeiro. Ela ainda visita as obras da Linha 4 do metrô da capital.

Às 9h45, o contrato com o consórcio Aeroportos do Futuro, vencedor do leilão do Galeão em novembro de 2013, será assinado. Formado pelas empresas Odebrecht e Transport (com participação de 60%) e pela operadora do Aeroporto de Cingapura Changi (40%), o consórcio será responsável pela administração do aeroporto pelo prazo de 25 anos.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o contrato exige que a concessionária construa 26 pontes de embarque e amplie o pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016, construa estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos até o fim de 2015 e adeque as instalações para o armazenamento de carga (até os Jogos Olímpicos de 2016).

Apesar da concessão, continua a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária a conclusão das obras que já estão em licitação, já foram contratadas e estão em andamento. Assim, cabe à empresa pública, entre outras ações, ampliar o terminal de aviação geral, reformar e ampliar o Terminal de Passageiros 1, a pista de pouso e o pátio de aeronaves, além de adquirir mobiliário para o terminal de passageiros.

Às 11h30, Dilma visita as obras da Estação São Conrado do metrô carioca. Com investimentos do governo estadual, parte do financiamento para a Linha 4 do metrô conta com aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. De acordo com informações do banco, R$ 4,3 bilhões foram emprestados para o projeto, cerca da metade do custo do empreendimento.

A inauguração está prevista para 2016 e o trecho que liga a Barra da Tijuca (zona oeste) a Ipanema (zona sul) pretende transportar 300 mil pessoas diariamente. A nova linha terá seis novas estações e 16 quilômetros de extensão.

Após a visita, Dilma retorna a Brasília, com previsão de chegada às 14h20. No Palácio do Planalto, ela recebe o ministro Felix Fischer, presidente do Superior Tribunal de Justiça. Depois, se reúne com Luiza Trajano, presidenta do Magazine Luiza e vice-presidenta do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo.