17/03/2014 - O Globo
Mais cedo, problemas de sinalização na estação da Central deixou os intervalos irregulares nas linhas 1 e 2
Metrô solta fumaça na estação de São Cristóvão Foto: Leitor Renan Sperandio
LEITOR RENAN SPERANDIO
RIO - Passageiros do Metrô ficaram assustados no início da tarde desta segunda-feira após um trem soltar fumaça na estação de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Segundo a concessionária, a composição da Linha 2 que seguia para Botafogo, foi retirada de circulação e enviada para o centro de manutenção, mas a causa do problema ainda não foi identificada.
O atendente de telemarketing Renan Sperandio, de 28 anos, relatou os momentos de pânico. Renan estava no vagão com a maior registro de fumaça e precisou forçar a porta para escapar.
— Estava dentro do vagão. As pessoas começaram a gritar que estavam passando mal. Apertamos o botão para abrir, mas porta não abria. Só conseguimos sair depois de forçar a porta. O vagão parecia até uma boate de tanta fumaça. Depois disso, fomos até o maquinista, que abriu as outras portas — disse.
Renan contou que viu fogo nos trilhos do trem. No entanto, a concessionária negou que o trem pegou fogo.
— Tinha um fio embaixo do vagão que estava começando a pegar fogo e um dos seguranças usou o extintor para apagar. Depois que o trem saiu da estação, ele usou outro extintor nos trilhos.
— Fiquei desesperada, estava dentro do vagão, e todos começaram a gritar e homens conseguiram abrir a porta. Fiquei tremendo. Quando saí foi que me dei conta da quantidade de fumaça que já estava ocupando toda a estação.
Eliton Nascimento, 35 anos, é articulador da Prefeitura do Rio e contou que conseguiu manter a calma para ajudar os outros passageiros a desembarcarem do vagão onde estavam. Segundo ele, quando embarcou, em Vicente de Carvalho, o ar-condicionado não estava funcionando.
— Ficamos cerca de dez minutos parados na estação de São Cristóvão com as portas fechadas e nada foi avisado. De repente, uma pessoa veio do outro vagão, avisando que estava pegando fogo, e começou o pânico. Havia muitas crianças e mulheres no vagão. Eu ajudei a forçar a porta. Saímos e, entre o terceiro e o quarto vagão, tinha muita fumaça branca. Só vi um agente de segurança tentando conter a multidão.
Metrô teve problemas de sinalização na estação da Central
Mais cedo, passageiros do metrô enfrentam mais uma manhã de atrasos. Segundo a concessionária que administra o transporte, um problema de sinalização na estação Central deixou os intervalos irregulares, principalmente, no trecho compartilhado pelas linhas 1 e 2. O tempo de espera entre os trens, que normalmente era de quatro minutos e trinta segundos, chegou a ficar em cerca de cinco minutos e vinte segundos.
Ainda segundo o Metrô Rio, o problema não é causado por falta de energia, como ocorreu na quinta-feira passada e chegou a paralisar a circulação e fechar a estação Cidade Nova.
Na quinta-feira, os passageiros do metrô enfrentaram um dia complicado. A circulação das composições das duas linhas foi interrompida duas vezes, e os usuários precisaram de paciência. Pela manhã, a concessionária fechou a estação Cidade Nova, que só foi reaberta seis horas depois. Neste período, a transferência entre as linhas 1 e 2 era feita na estação Estácio. No início da tarde, o Metrô Rio reduziu os intervalos para tentar amenizar a situação. No horário, o tempo entre as viagens costuma ser de seis minutos, mas passou a ser de quatro minutos na Linha 1 e de cinco na Linha 2.
A circulação foi paralisada depois que o Metrô Rio cortou a energia das estações da Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, Central, Praça Onze e Estácio, para permitir que uma equipe corrigisse um problema na subestação de energia da estação Central
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