Secretário de Transportes se reúne com associações para detalhar mudanças de tráfego na Zona Sul

Secretário de Transportes se reúne com associações para detalhar mudanças de tráfego na Zona Sul

09/11/2012 - O Globo Online, Selma Schmidt

Osório pede que moradores evitem usar carros dentro dos bairros durante as obras da Linha 4 do metrô

Para detalhar as mudanças na circulação viária durante as obras da Linha 4 na Zona Sul, o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, e a presidente da CET-Rio, Cláudia Sessin, reuniram-se na tarde da quinta-feira com dirigentes de associações de moradores e de comerciantes de Leblon, Ipanema, São Conrado, Cruzada São Sebastião e Morro do Cantagalo. Osório pediu que divulgassem o plano e orientassem à população para que evitasse circular de carros dentro dos bairros, especialmente no Leblon. Ele garantiu que o diálogo será permanente e que poderão ser feitos ajustes no futuro. Da reunião, participaram ainda o subprefeito da Zona Sul, Bruno Ramos, e o administrador da 6a RA (Gávea), Leonardo Spritzer.
Presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig está convencida de que o impacto no trânsito do bairro será grande e inevitável. Ela mais tranquila quando foi informada, durante a reunião, que não haverá aumento do número de ônibus que hoje circulam na Avenida Visconde de Albuquerque, segundo ela, já saturada desde a implantação do BRS no bairro. Quanto ao pedido para que seja evitada a circulação de carros dentro do bairro, Evelyn disse que é preciso dar alternativas:
- Não dá, simplesmente, para dizer para as pessoas não usarem carro no Leblon. Aguardo uma resposta do consórcio responsável pelas obras da Linha 4 na Zona Sul, a quem pedi que sejam colocados ônibus circulares gratuitos no bairro.
Para o presidente da Associação de Proprietários de Prédios no Leblon, Augusto Boisson, o fundamental é a fiscalização, a fim de minimizar os problemas no trânsito e de segurança.
- Caos vai haver. Já não há vagas no Leblon nem para bicicletas. Criaram um polo gastronômico no bairro e as pessoas não têm onde estacionar. Com a proibição de parar em algumas ruas, estacionar no Leblon vai virar uma guerra. Os flanelinhas vão tentar de tudo, induzindo motoristas a parar em esquinas e portas de garagem. O metrô é uma obra necessária para o Leblon e a cidade. Mas os impactos durante a obra podem ser reduzidos com fiscalização.
Morador da Cruzada São Sebastião, o segurança Renato Fabrício, de 35 anos, se mostra preocupado com a abertura ao tráfego do trecho da Humberto de Campos junto ao conjunto, hoje usado como estacionamento dos dois lados e área de lazer. Com dez prédios, a Cruzada tem mais de 900 apartamentos. Sinais de trânsito foram instalados nas esquinas da Rua Humberto de Campos com as avenidas Afrânio de Melo Franco e Borges de Medeiros.
-Vai ser problemático. Minha preocupação é com a segurança das crianças da Cruzada, que hoje circulam normalmente por aqui.
Já a presidente do Conselho Comunitário de Segurança da área do 23º BPM (Leblon) e vice-presidente na Associação de Moradores de São Conrado, Marlene Parente, que participou da reunião com Osório, não acredita que o trânsito do bairro será afetado pelas interdições no Leblon. Mas o ideal, segundo ela, é o morador de São Conrado usar a Autoestrada Lagoa-Barra, uma vez que os que optarem pela Avenida Niemeyer cairão na Delfim Moreira, onde passarão a circular os ônibus.
- Aproveitamos para reivindicar a construção de uma passarela e a retirada do sinal na Niemeyer na altura do Vidigal. Isso melhoraria muito a fluidez na Niemeyer - contou Marlene.
A presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Fernandes Loureiro (AMIpanema), também não acredita em reflexos das alterações no Leblon no seu bairro:
- Os veículos entrarão em Ipanema pela Avenida Henrique Dumont em vez de pela Avenida Ataulfo de Paiva. A feira livre da Henrique Dumont, às segundas, será transferida para a Epitácio Pessoa, no trecho em frente ao Jardim de Alah, mais próximo da Lagoa.


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